A Quinta da Penha Longa é, por si só, um lugar histórico relevante, por nela se ter construído o primeiro convento da Ordem de S. Jerónimo em Portugal, datando de 1355 e sendo da responsabilidade de Frei Vasco Martins. D. Manuel I aí mandou construir também uma casa de repouso para si, onde guardou luto pela morte da rainha D. Maria, filha dos Reis Católicos. Os reis D. Henrique e D. Sebastião passaram muito tempo nas duas casas que se abeiram do tanque de Adens. Quando as ordens religiosas foram extintas, o convento foi vendido a particulares, sendo o seu segundo proprietário o conde de Penha Longa, Sebastião Pinto Leite, também Visconde de Gandarinha.

Durante mais de 600 anos, várias foram as transformações que a Penha Longa sofreu e muitos os edifícios e elementos arquitectónicos nela construídos, tais como o Palácio, a Igreja, a Fonte das Lágrimas, a Fonte de S. Gonçalo e o Palácio do Marquês de Angeja.



A escolha do arquitecto para desenhar o campo recaiu num nome famoso: Robert Trent Jones Jr.

O campo dos championship tees, com 6290 metros, é algo acidentado, exigindo uma certa frescura física para o calcorrear, sendo este, todavia, pormenor facilmente desprezível, tal a beleza paisagística que se pode desfrutar.

O par 5 número 6 é de uma gentileza fascinante, pela aparente facilidade. Cuidem-se os incautos que, sobre aquele lago e antes daquelas ruínas, não atingirem o green, de dois níveis e muito rápido. Na segunda volta, como em quase todos os grandes campos de golfe, os três últimos buracos são excelentes: o 16, um par 4 comprido, convidando ao drive sobre um vale, a que se segue um bastante difícil, para um green elevado, protegido por um bunker frontal; o 17, um par 3 de 187 metros, exigindo grande precisão; e finalmente o 18, um par 5 para birdie, dependendo do vento que soprar, fazem deste finish um quebra-cabeças para todos.

Simplesmente notáveis são os greens da Penha Longa, sem dúvida dos mais rápidos de Portugal.